Monday, May 3, 2010

O chá de Sol alucinante do norte da ilha.

Manhattan é uma ilha com o rio Hudson de um lado e o East River do outro.
Ilha de extremos, até a temperatura aqui assusta muita gente no primeiro inverno ou verão na cidade. No inverno às vezes com o vento forte, a temperatura fica perigosamente 20 ou 30 graus abaixo de zero. Alias,são tantas as semanas em janeiro que a temperatura mais alta nao passa do "zero" grau, que quando passa, a gente atá deixa o casaco pesado em casa e fica andando pela rua pensando que é verão. Sério! O verão aqui também é bravíssimo. Tão quente de deixar até carioca com língua de fora.
Ontem fez o dia mais bonito dos últimos 6 meses. Foi o mais quente e ensolarado também, apesar de ainda estarmos na primavera. Fantasiado de verão, coloquei o meu short e tênis e saí com dois amigos, rumo ao norte da ilha até o museu de arte medieval Cloisters. Este museu fica num parque no alto de uma colina perto do Hudson River.
Ao chegarmos no parque já escutávamos a alegria da criançada brincando, os passarinhos cantando e foi tão contagiante que eu comecei a tirar fotografias do capim,das flores e de tudo que o sol fazia mais verde do que a imaginação. Fiquei feliz!
No museu, dentro de um castelo gótico cheio de arcos e jardins floridos,observei as ervas medicinais que os artistas medievais utilizavam. Disse a guia de um grupo que a seguia pelo museu afora, que esses mesmos artistas acreditavam que podiam voar. Alucinógenas estas plantinhas,hein?
No jardim, este grupo de turistas de Long Island sorria como se tivessem experimentados as plantinhas num chá de alegria contagiante
Chá de sol alucinante.
As plantinhas que não existiam há apenas algumas semanas atrás, agora estavam lá firmes e fortes assim como as formigas e passarinhos ali presentes, saudando o sol cada um a sua maneira. Nós também, que não havíamos estado em muitos lugares recentemente devido ao frio, marchávamos por toda parte do parque, num frenesi alegre de manada. Tudo era belo, iluminado e leve como a briza de verão.
Finalmente saímos do parque e caminhamos para a parte sul da ilha, passando por multidões de pessoas alegres. Dominicanos escutavam músicas na calçada e judeus ortodoxos caminhavam com seus trajes preto e branco, felizes por compartilharem do mesmo sol.
O sol, que brilhava radiante como um chá, iluminando milhares de vidas do norte ao sul da ilha, contagiadas nas suas mais diversas formas por sua energia medicinal.
Hoje amanheceu chovendo...